50 Tons Mais Escuros, o filme!

By Thais Almeida - fevereiro 14, 2017

Olá, vidocas! Tudo bem com vocês?



No primeiro filme, a curiosidade era mundial. Os que conheciam o best-seller, e gostavam, queriam ter certeza que veriam algo à altura do livro. Ele cumpriu o seu papel num filme romanceado sobre um homem sadomasoquista e sua nova conquista. Nunca quis ser o típico filme-cabeça ou um filme pornográfico. Queria mexer com a mente da mulher (ou do homem) que pensa no sexo de forma mais agressiva, mas que nunca teve coragem de expor tal situação. O filme, de forma “limpa e soft”, trouxe uma moça para um mundo irreal, pelo menos para ela, mas cheio de curiosidades e fantasias no imaginário de muitos. Era bem simpática, quase Uma Linda Mulher dos tempos atuais, com alguns ajustes, para o bem ou para o mal. A ótima diretora Sam Taylor-Johnson conseguiu dar veracidade aos fatos, num filme com boa tensão sexual, ótima presença da protagonista, uma bela fotografia e trilha sonora que tinha ótima ligação com a história.
Cinquenta tons mais escuros é a sequência de Cinquenta tons de cinza, adaptação da obra de E.L. James e para ver o segundo filme é preciso ver o primeiro.




Pessoas seguem implicando com a saga 50 Tons, mas ainda prefiro aqueles que assistem nem que seja pra problematizar, afinal, é bem melhor falar com embasamento, né?
Ainda tem aqueles que falam que tem que boicotar, que não devemos assistir, li pessoas julgando quem assiste, quem gosta, enfim. Eu acho bom assistir, assimilar e depois desconstruir. Entender que esse filme pode representar uma realidade – mesmo que nesse caso, bem paralela –e quem sabe trazer à tona a pauta de relacionamentos abusivos?
Agora, vou elaborar um resumo do que acontece no filme, com quase nada de spoiler, blz!?  E depois eu vou fazer uma análise particular de pontos relevantes, mas antes de mais nada, preciso confessar, espero que me perdoem minha memória é meio falha, então eu não lembro com muita profundidade fatos do livro 2 pra dizer o que faltou ou não faltou. Vem comigo:
 
SOBRE O FILME


Christian Grey (Jamie Dornan) tentando reconquistar o coração de Anastasia (Dakota Johnson) depois dos acontecimentos do final do primeiro filme. Porém, a protagonista não enrola muito para aceitá-lo de volta, o que a meu ver foi até que positivo. No entanto, temos um novo tom no relacionamento dos dois em que Anastasia não se deixa dominar e tenta de alguma forma ter uma relação mais normal com Grey. Claro que nem tudo com o milionário é simples, aliás, nem mesmo uma rápida descida no elevador!
Anastasia trabalha agora para uma editora e tem um chefe (Eric Johnson) que claramente está interessado nela em vários sentidos, mas achei que o Grey, apesar de tentar alertá-la, soube lidar bem com a situação. Além do novo trabalho da protagonista, o casal precisa enfrentar os traumas do passado de Grey, uma ex-submissa psicótica, Leila (Bella Heathcote), e o relacionamento dele com Elena (Kim Basinger).



Fica claro que Anastasia não é contra os jogos sexuais que Grey tanto adora, mas não é submissa a ele, mostrando-se inclusive menos ingênua. Grey se rende totalmente ao amor que sente por Anastasia e neste sentido achei o filme lindíssimo. É evidente que os dois tentam evitar um relacionamento abusivo e Grey tenta diminuir o seu lado mais controlador.


Infelizmente estaria mentindo se dissesse que o filme não apresenta falhas. A questão da perseguidora foi resolvida muito rapidamente, não dando o suspense necessário a ação, bem como o acidente que Grey sofre. É tudo resolvido tão facilmente que o acidente não provoca nem um minuto de tensão. Além disso, todo o fator psicológico é abordado de uma maneira muito rasa.



Por outro lado, é importante ressaltar que o filme apresenta muitos pontos positivos. Os atores estão bem confortáveis nos papéis, a trilha sonora é maravilhosa e os personagens estão melhores desenvolvidos neste segundo filme. Há um foco maior no relacionamento que é muito bem explorado. As cenas de sexo são fortes, intensas e seguem a linha erótica do primeiro filme e do livro. O diretor James Foley não teve medo do nudismo, mostrou tudo que deveria mostrar, o que é muito bom devido ao tema proposto. Tem até, entre outras coisas, a bunda de Jamie Dornan! Para alegria de muita gente.

MINHA OPINIÃO

Eu achei melhor que o primeiro, porque fui com menos expectativa, sabe?! Fui curtir, ver um filme, distrair. A direção mudou e acho que  isso reflete bem nas cenas. Se antes ele parecia mais “rígido”, esse parece um filme mais, digamos, Supercine (sábado de madrugada), um filme mais "real" e menos teatral ou sombrio.
No primeiro filme, eu achei o Jamie meio engessado. Ele é um bom ator, mas no outro parecia incomodado. Já no atual, ele me pareceu mais solto, relaxado e até convincente. Acho que a fase do livro de fato é de um Christian mais "namorado e menos dominador". E ele ainda nos apresentou uma quantidade absurda – e até então desconhecida – de músculos no corpo humano.

Já Dakota, no primeiro filme ela me surpreendeu, no livro ela parecia ser sem graça, mas no filme ela é bem livre, mostra o corpo, sem pudor, apesar de, obviamente, a Miss Anna Steele ser aquilo que sabemos. Acho que a atuação da atriz segue boa e salvando a personagem que tem tudo pra ser chata. Menção honrosa ao figurino, que deu um drible no livro, e transformou os looks de trabalho de Ana mais interessantes e os de festa mais incríveis
50 Tons é um filme zero Oscar, apesar de Jamie e Dakota estarem confirmados como apresentadores desse ano rsrs. Mas há de se reconhecer que a trilha sonora é maravilhosa e dá um outro peso e impacto ao filme.
Curti muito a nova direção do filme, a cena dos dois no veleiro é lindíssima e do pedido também. As festas são um caso à parte e tem produção caprichada. Tudo isso é tão bom que a trama, eventualmente rasa, a gente nem lembra.
É muito bonito ver os corpos de Dakota e Jamie em ação, é curioso ver esses brinquedinhos sexuais, mas ainda acho que falta química entre os dois, a sintonia melhorou, mas é tudo coreografado demais. Mas tudo bom de se ver, não nego, parabéns aos envolvidos. A cena do elevador, não temos do que reclamar. Ele segue lá firme e forte e técnico. As cenas não são orgânicas e naturais, sabe? É tudo bastante roteirizado nos mínimos detalhes. Você sabe que “opa eles estão há 5 minutos sem sexo” e vem uma cena de sexo quebrando a trama. 
Por fim, achei que a trama do chefe e da ex poderiam ser mais filmes e trabalhadas, pois elas trariam o fator mais suspense ao filme, mas ambas foram “resolvidas” rápido demais. De qualquer forma, comparado ao primeiro, achei mais trama, mais filme e menos reprodução-do-livro. Se no 1º filme saí com aquela sensação de “poderia mais”, dessa vez o final deixou com aquela sensação de “chega logo fevereiro de 2018 pra gente ver o desfecho”. 
Sei que tem gente que torce o nariz, mas se for pra falar mal, assista primeiro, talvez você terá mais material! De resto, queria saber o que vocês acharam do filme!

E aí, gostaram? Beijoos!!

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